Hoje acordei num pulo e percebi a presenca de um livro que me pareceu inedito diante dos meus olhos. Nao me lembrava da capa e muito menos de sua historia.
Amei o titulo: " A Sereia e o Monge". Nao sei a historia mas o titulo ja me carregou para mares nunca dantes navegados. Pelo menos que eu lembre. Sempre fui facinada pelo mito das sereias. Sao pra mim as ninfas do mar. Que conhecem seus segredos e protegem os pescadores. Mas tambem podem ser as que cantam para traze-los para o fundo do mar. Eh dubio, estranho e misterioso.
E os monges acolhem, estao libertos e aprisionados em sua condicao unica de monges e me parecem guardar segredos sempre interessantes.
Os dois personagens vivem entre o cantar a espiritualidade e a profundidade de seu silencio.
Compro muitos livros sim. Todos especiais pra mim e cada um a sua maneira.
Mas descobri que gosto de possuir o titulo de suas historias e imaginar que ja sei tudo o que esta escrito em suas paginas. Pelo menos sei assim que a historia tao cedo nao estara terminada. Que sempre estara lah para eu descobri-la. Disponivel, constante, aberta. Basta eu querer ou estar pronta.
Me conforta. Melhor que a ideia de ler o que foi escrito e nao deixar nada pra imaginacao e a companhia interminavel desta.
Gosto de saber que ainda tenho o que aprender quando eu precisar. Gosto de saber que posso fazer com aquilo nao acabe nunca.
Minhas historias dos livros sao imaginadas. A mim me bastam as palavras do titulo pra que meu mundo se torne deste para o infinito.
Como dizia Manuel Bandeira: " Eles passarao e nos, passarinho". Melhor assim..
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